Nós três

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quinta-feira, 29 de junho de 2017

ALERTA: você sabia que a internet pode causar dependência

A tecnologia chegou para ficar e com ela encontramos um vasto mundo de coisas positivas e negativas que interferem em nossas vidas. É importante sempre refletir que tipo de impacto o mundo cibernético tem tido em nossas vidas e das pessoas de nossa família. Pensando hoje nesse tema, salientamos algumas vantagens e desvantagens práticas:

VANTAGENS: aproximar e reforçar laços de relacionamentos; favorecer a comunicação entre as pessoas, tanto pessoal como no meio profissional; agregar mais conhecimentos de forma rápida e eficaz; auxiliar na formação de grupos de interesses semelhantes; auxilia no desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras; melhora na capacidade de orientação espacial; facilita a socialização; dentre outras.

Em contrapartida (DESVANTAGENS), da mesma forma que a internet favorece a comunicação, gera o isolamento social, ou agrava o mesmo. Pessoas que já tem uma tendência social a não se vincular, ou não se aproximar das pessoas, esse ponto se agrava muito mais com o uso da tecnologia, pois a mesma se torna um refúgio para tais pessoas. O acesso constante prejudica o rendimento escolar, acadêmico e profissional. Bem como, permite uma exposição maior de sua vida privada, podendo causar danos psicológicos e sociais ao sujeito.


Diante das vantagens e desvantagens salientadas, é importante reforçar a maior de todas as desvantagens – a DEPENDÊNCIA.

Sim, a internet causa dependência e esta pode ser tão grave como qualquer outro tipo de dependência, pois é uma dependência comportamental que tem danos similares ao uso de drogas como cocaína. É uma linha tênue que separa o USO do ABUSO.

A dependência de internet está, em muitos casos, relacionada a transtornos de ansiedade e transtornos do controle do impulso. Bem como, salientamos algumas comorbidades (doenças que podem vir associadas) da dependência, como a depressão, transtorno de humor bipolar, TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), fobia social, transtorno de personalidade, uso de substancias, quadros afetivos e ansiosos.

Mencionamos como critérios de dependência o DIAR = Desejo de parar, incapacidade de parar, tentativas de parar e recaída.

Como semelhanças da dependência de internet e da dependência de substancias, ressaltamos o comportamento que produz prazer, em que altera o humor e a consciência do sujeito; o padrão de uso excessivo; impacto negativo ou prejudicial em uma esfera importante da vida; presença de aspectos de tolerância e abstinência.

A dependência, diferente do que muitos pensam, é maior do que a vontade do individuo. A pessoa passa a depender da presença daquela substância ou comportamento sem ter controle. O dependente passa por vários estágios de reconhecimento da mesma, inicialmente há a dificuldade em perceber que se está dependente. É preciso que a própria pessoa se observe e verifique em que pontos sua vida mudou de determinado período de tempo em diante, período em que começou a utilizar de tal ferramenta de prazer.

Hora de observarmos a nós e aos que estão em nosso convívio para buscarmos ajudar. Vamos ficar atentos se alguns desses sintomas estiverem ocorrendo:


– Preocupação constante com o que acontece na internet quando está off-line;

– Necessidade contínua de utilizar a web como forma de obter excitação;

– Irritabilidade quando tenta reduzir o tempo de uso;

– Utilização da internet como forma de fugir de problemas ou aliviar sentimentos de impotência, culpa, ansiedade ou depressão;

– Mentir para familiares para encobrir o tempo do envolvimento com as atividades on-line;

– Diminuição ou piora do contato social com amigos e familiares;

– Falta de interesse em atividades fora da rede;

– Comprometimento das atividades profissionais e acadêmicas;

Dados mostram que 73% dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles, estando ligados não à necessidade de estar com os mesmos, mas ao medo de ficar sem o celular ao lado. 1 a cada 3 a 5 crianças sofrem de um transtorno de dependência. Na França foi constatado que 50% dos divórcios envolviam alguma questão de mídia digital ou internet. Estudos mostram também que quanto maior o nível de interatividade do celular, maiores as chances de dependência.

Adultos, adolescentes e crianças, fiquem atentos a essas questões. A dependência da internet é algo sério e que precisa de ajuda. Se alguns dos sintomas mencionados estão se passando com você ou alguém próximo, hora de procurar ajuda profissional.

Vamos ficar atentos!!!


Laíse Gomes Leal Novaes Cantarelli


Psicóloga Clínica e Hospitalar
Terapeuta Cognitivo-comportamental
CRP 02 / 15.901

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Stress, benéfico ou maléfico em nossas vidas? O que fazer?

Psicóloga Clínica e Hospitalar
Terapeuta Cognitivo-comportamental
CRP: 02/15.901
Stress, benéfico ou maléfico em nossas vidas? O que fazer?
   O stress tem sido um termo comumente utilizado nos dias de hoje. No ano de 1936, Hans Selye definiu o termo “stress” como: “o resultado inespecífico de qualquer demanda sobre o corpo, seja de efeito mental ou somático”. Para ele o stress era o índice de todo o desgaste causado pela vida.

   Chama-se de estressor ou fonte de stress aquilo que causa o desequilíbrio, o stress. São inúmeros os tipos de fontes, os quais estão sempre presentes, de uma forma ou de outra, na vida de todo ser humano, cada um com sua particularidade. É muito difícil, podendo até pensar que impossível, evitar ou fugir de tais fontes. Até os momentos bons causam um tipo de stress à medida que exigem de nós uma adaptação e mudança de comportamento ou atitude, sendo estas fontes positivas de stress.

   Podemos pensar em estressores de duas formas: estressores externos trazidos pelo meio, e o sujeito não tem como evitar, pois advêm de fora do seu organismo, como problemas profissionais, financeiros, expectativas da sociedade, dentre outros; e estressores internos, que são desencadeados de dentro do próprio sujeito, do modo como ele vê o mundo, a si e ao próximo, decorrentes de suas crenças e valores. Sabendo assim que um influencia o outro.

   Na atualidade, sabe-se que o stress é um fator favorável ao desenvolvimento de uma série de doenças. Tendo ele, uma influencia direta na vida do ser humano. 

   É importante salientar as alterações internas ocorridas no sujeito acometido pelo stress, como baixos níveis de anticorpos, produção excessiva do cortisol, da testosterona e de catecolaminas, que potencializa algumas dificuldades ao organismo humano, bem como a influência do stress na hipertensão arterial, acrescidos de outros fatores já observados cientificamente.

   Em geral quando falamos em stress as pessoas já associam a algo de impacto negativo em suas vidas. Mas o que muitos não sabem é que o stress “em dose baixa” torna-se necessário em muitos momentos da vida do ser humano, já que o mesmo é uma etapa de desenvolvimento para que o sujeito se prepare para lutar ou fugir de alguma situação que o ponha em perigo. Em muitas situações ele tem a função protetora e adaptadora. 

   Mas quando falamos em stress patológico, aquele que prejudica a saúde do sujeito. O que fazer?

   Para se traçar um tratamento ou mesmo a possibilidade de convivência com o sujeito acometido pelo stress, tem-se que levar em consideração não apenas a definição de tal, mas principalmente de que tipo de sujeito se está falando. Compreendendo assim que algumas pessoas têm o que alguns autores chamam de “tendência a se estressar”, pessoas estas que apresentam distorções cognitivas, ou seja, uma maneira inadequada de pensar e observar situações de sua vida. 

   Cada sujeito é um, dentro de suas histórias e singularidades. Olhar para um sujeito acometido por tal condição emocional obriga o profissional a avaliar não apenas se este tem ou não uma tendência mais tênue de estar estressado, mas também poder observar quem é esse sujeito, quais vivências o mesmo carrega arraigadas em suas crenças e concepções. 

   O ser humano é um ser completo, indissociável; assim, é preciso olhar para ele como um todo, buscando suas particularidades, já que a relação “trabalho-familia-stress” faz parte desse conjunto. Não é possível tratar uma parte do ser e deixar a outra para um momento posterior; tem-se que tratar o todo para se obter um resultado favorável para o sujeito.

   Existe uma relação direta entre corpo e mente, transformando as experiências de vida em fatores a se acrescentar na condição de ser do sujeito. Sendo assim, existe uma interação de extrema importância entre o “pensar, sentir e as reações físicas” do sujeito. Tomando como exemplo, pode-se observar que, a partir do momento em que o indivíduo vê determinada situação de forma negativa ou deturpada, ele vai se sentir angustiado, com medo, ansioso, gerando para si reações como taquicardia, sudoreses, alteração na pressão arterial, dentre outras. 

   Pode-se separar crise de stress e stress recorrente. A crise de stress é algo pontual, um episódio pelo qual todo e qualquer ser humano está sujeito a passar, decorrente também de outras fontes de stress. Já o stress recorrente são episódios que se repetem de diversas maneiras, sempre gerando um nível elevado de estresse, contribuindo assim para uma fragilidade crônica do sujeito diante das demais situações da vida; enquadram-se aí aquelas pessoas que estão constantemente estressadas ou predispostas a tal.

   Não podemos fugir das emoções, elas estão presentes na vida de todos os sujeitos. O que precisamos avaliar é a maneira a qual se tem enfrentado tais emoções, a forma como reagimos a elas é que tem um impacto diferenciado em nossas vidas. Nem todos conseguem lidar com situações adversas da melhor maneira, e quando se percebe tal dificuldade chegou a hora de buscar ajuda profissional. 

   A terapia vai ajudar a pessoa a melhorar sua relação com o mundo, com as pessoas, com as situações inesperadas e consigo mesmo. Diferente do que muitos pensam, buscar ajuda de um psicólogo não se refere apenas a doenças aparentemente mais graves, mas a toda situação a qual não estamos conseguindo conviver da melhor forma. É a ajuda que nos faz melhorar nossa condição emocional, relacional e consequentemente melhorar nossa saúde física, quando a mesma está interligada à problemas emocionais.

Laíse Gomes Leal Novaes Cantarelli 
Psicóloga Clínica e Hospitalar
Terapeuta Cognitivo-comportamental
CRP: 02/15.901

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Parmegiana e Fricassê

Nessa última semana faltou coragem para muita coisa...inclusive cozinhar. Mas mesmo sem coragem, parece que a inspiração bateu. No dia dos namorados meu mozi pediu para não bolar nada para o jantar porque era a vez dele. Então eu resolvi bolar para o almoço. ;) Ficar de mãos atadas que eu não fico ne?! ;) Ai resolvi fazer uma Parmegiana especial. Que ficou dos deuses, um misto de receita do Tudo Gostoso com minha própria ideia e saiu isso:
Parmegiana de almoço para o dia dos namorados.

Fiz os filés fininhos, passei primeiro na farinha de trigo, depois no ovo e finalizei com a farinha de rosca para então levar ao óleo (não consegui fazer parmegiana light então foi assim mesmo).
Cozinhei o macarrão de yakissoba, untei o refratário com molho de tomate (o molho eu mesma fiz, dourei a cebola na manteiga, coloquei tomates picados e sem pele, deixei desmanchar, coloquei um pouquinho de extrato de tomate, pouco mesmo, um pouco de leite e uma colher de açúcar. Mexi bem até fazer o molho grosso), coloquei o macarrão todo e montei os filés já fritos por cima, fatiei queijo mussarela e forrei ele completo, despejando o restante do molho de tomate em todo o preparo. Levei ao forno até derreter o queijo e ferver um pouco o molho. Servi com batata palha e batata doce frita no grill. ;) 
AMAMOS!

Parmegiana a la Laíse. ;)

Dia 14 não foi um dia nada legal, quase não me levanto da cama, passei o dia muito mal. Vocês já sabem o porque. Me levantei apulso, mas parece que mami deu uma luz para mim e resolvi fazer um fricassê de frango. Olha que lindo que ficou:

Fricassê a lá Laíse

Macarrão com molho a lá Laíse

Mais lindo ainda ficou o sabor. Nem eu pensava que ia ficar tão gostoso. Foi minha anjinha mesmo, só pode.
O frango eu salguei, e joguei na panela com água (sim, água, depois que aprendi a fritar com água o frango... vida mudou. kkk) e molho de alho. Depois que ele ficou branquinho, tirei e desfiei.
No liquidificador eu coloquei meia caixa de milho, meia caixa de creme de leite, uma xícara de leite (de vaca, vindo da fazenda de mozi), uma colher de maizena. Bati e deixei ele quieto lá.
Na panela coloquei manteiga e dourei bem a cebola (usei nos dois pratos cebola roxa). Coloquei o frango desfiado, misturei uma colher de extrato de tomate e mexi bem para refogar o frango. Depois acrescentei a mistura do liquidificador e fiquei mexendo até fazer um creme grosso, soltando da panela.
Untei o refratário com um pouquinho de manteiga, coloquei uma parte do creme e fatiei bem muito queijo mussarela para cobrir, depois coloquei o restante da massa e mais queijo mussarela fatiado em cima. Levei ao forno até ficar dourado, qdo tirei do forno joguei batata palha por cima. 

Fiz um macarrão comum, mas com aquele meu molho a lá Laíse perfeito. Arroz integral (não que vá fazer muita diferença na dieta, mas como todo dia ele mesmo temperadinho kkkkkk), no cuscuzeiro eu coloquei cenoura, beterraba e brócolis e deixei cozinhar a vapor (adoro), a batata doce no grill que não pode faltar...e para o marido acrescentei o feijão cozinhado com nata de leite.
Achei que meu almoço não ia prestar, mas não é que o danado ficou divino?! ;)
AMAMOS! 

Fricassê a lá Laíse.

Aos poucos aprendi na cozinha que não existe segredo quando temos muito amor dentro de nós. As coisas parecem fluir de forma mistica. É preciso ter cuidado com a saúde, tento na minha diária fazer coisas o mais saudável possivel. Tenho tentado eliminar a gordura, troquei na diária o óleo comum por óleo de coco e dependendo do prato nem uso nada. O frango no normal tenho feito na água mesmo. Teve um dia que fiz na cerveja, não gostei muito do resultado. Mas a gente vai testando. Carne eu prefiro ao vinho. Então tudo é questão de sabor e testar o mais saudável. Esses dois pratos levaram gordura e óleo comum. Mas uma vez perdida vale ne?! ;)

AMO TUDO ISSO!!!!

Laíse Gomes Leal Novaes Cantarelli 
[16 de Junho de 2017]