Nós três

Nós três

domingo, 13 de agosto de 2017

A era do imediatismo.

Vivemos na era do imediatismo. Todas as soluções buscadas devem ser encontradas para o mais rápido possível. Quando falamos nisso, de imediato, nos vem à mente pessoas que a cada dia se tornam mais ansiosas, as preocupações excessivas passam a fazer parte do cotidiano, a pressa e a correria tornam-se companheiras de todos os momentos e conteúdos da vida.

Se surge um problema de saúde, busca-se o remédio que traga um resultado mais rápido. As pessoas se aventuram mais nas propagandas fáceis e nas indicações daquele amigo que “provou e deu certo”. Se quer emagrecer, recorrem a cirurgias de imediato ou a comprimidos que tragam algum efeito rápido, sem saber se quer suas reais conseqüências.

Lidar com as emoções adversas passou a ser uma grande dificuldade para as pessoas. A tristeza, por exemplo, passou a “não poder” mais fazer parte da vida das pessoas. E encontramos aí a “geração rivotril”.

Os sofrimentos tendem assim, a serem mais intensificados nas pessoas, pois, além do sofrimento de base, acrescenta-se a ele a cobrança de que não se pode mais sofrer.

Seria possível não mais sofrer?

Para a tristeza dessa geração, venho responder que não. O sofrimento faz parte do crescimento, amadurecimento das pessoas. Tristeza, raiva, nojo, angústia, são sentimentos válidos assim como a alegria ou o amor. Elas apenas são emoções mais desagradáveis de se sentir. Mesmo assim, é importante que se viva cada emoção e se aprenda a enfrentar cada uma delas.

É importante se permitir chorar quando necessário, viver a tristeza de uma perda ou de uma turbulência da vida. Por acreditarem que não podem sentir tais emoções, o termo depressão virou algo rotineiro na vida das pessoas. Depressão é uma patologia muito mais séria do que a tristeza em perder um ente querido, por exemplo.

E é diante desse imediatismo que vivemos que ao sentir emoções desagradáveis, as pessoas já recorrem ao remédio. Muitos casos remédios que um amigo indicou e que ele conseguiu pegar em uma farmácia que vende sem seus devidos cuidados. É ai onde mora o perigo.

Importante buscar ajuda de um profissional quando não se sabe lidar com tais emoções e assim, o profissional avaliando, verdadeiramente te orientará pelo melhor caminho.

Em alguns casos o auxilio medicamentoso é de extrema importância, até mesmo para trazer o sujeito a um equilíbrio capaz de se trabalhar em terapia suas questões mais internas. Em outros casos, o indicado é um acompanhamento psicoterápico.

Se você encontra-se em alguma situação que percebe necessitar de ajuda, busque a avaliação séria de um profissional.

Cuide de sua mente e de seu corpo em busca de um equilíbrio de vida.

Laíse Gomes Leal Novaes Cantarelli


Trânsito, o que eu tenho com isso?

“Semáforo aponta a cor vermelha, pela regra o cidadão deveria parar e aguardar. Mas vem um ou outro e passa direto sem ao menos observar o que está no caminho”.

“Faixa de pedestre sinalizando passagem, carros e motos passam na mesma velocidade, tendo pessoas no aguardo ou não”.

Basta sair à rua para identificar as inúmeras ocorrências no dia a dia do trânsito. O que fazer diante tanta imprudência e falta de atenção? Essa é uma pergunta que muito preocupa profissionais nos dias atuais.

A cada ano são computados dados assustadores sobre acidentes no trânsito. Não podendo esquecer aqueles casos que “por sorte” passam ilesos, sem danos maiores.

Segundo dados divulgados pelo Governo do Estado de Pernambuco em abril desse ano (2017), consta-se, no estado de Pernambuco, “um gasto anual de mais de R$ 917 milhões com acidentes de trânsito, valor que daria para cuidar, por seis anos, dos pacientes com câncer no Estado ou manter o Hospital da Restauração em funcionamento por quatro anos”.

São números de fato assustadores, e quando vamos à campo e questionamos os motoristas infratores sobre a consciência de seus atos, verificamos que os mesmos tem conhecimento das leis.

O trânsito mata cada dia mais. E o que fazer para mudar essa realidade?

Um ponto essencial para tal pergunta é a conscientização das pessoas de que o trânsito é um ambiente importante de convívio social, que tem regras a serem cumpridas e que estas precisam ser cuidadosamente aplicadas.

Qual a razão de tantas regras no trânsito? Qual a necessidade de pararmos em uma faixa de pedestres e permitirmos a passagem do outro? Você já parou para pensar nessas e em tantas questões que envolvem o trânsito?

As mudanças de consciência humana precisam ser realizadas urgente. É importante que se busque iniciar essa mudança por sua própria residência. Importante que as pessoas comecem a se conscientizar, e conscientizar os seus próximos, sobre o nível de gravidade existente no dia a dia em um âmbito tão importante e tão banalizado pela população.

Conversem com seus familiares, amigos e vizinhos. Mostre ao próximo que esse ambiente de troca e de convívio humano necessita de cuidados e cumprimento de suas regras.

Outro ponto essencial é pensar na educação de base como prioridade para mudar e buscar melhorias na sociedade. Nunca é tarde para começar!

No Japão a educação de base já é utilizada e mostra resultados extremamente positivos. Os índices de acidentes caem a cada ano. Comparar com o exemplo do Japão não é estar longe da nossa realidade. É aprender a utilizar o exemplo positivo e buscar aplicar na prática.

Onde estaria essa educação base? Na educação de suas crianças, seja na escola e/ou em suas casas. Ensinar a respeitar regras, a compreender o limite que compete ao outro e a si. Uma educação de construção positiva na personalidade das pessoas, o trânsito é um ponto demonstrativo de como as pessoas lidam com limites e regras. É necessário buscar soluções com base na educação desde pequenos e essa é uma tarefa de todos.

Laíse Gomes Leal Novaes Cantarelli


terça-feira, 18 de julho de 2017

SAÚDE - “Quero perder peso, devo ir à um psicólogo?”

"Há quem acredite que emagrecer é uma tarefa simples, mas ao começar a busca pelo corpo desejado ou pela saúde desejada, dar-se conta de que não é tão simples assim.

É de fundamental importância o acompanhamento do profissional de nutrição, para aqueles que desejam perder peso ou melhorar a saúde diante uma reeducação alimentar. A novidade para muitas pessoas é a necessidade do acompanhamento psicológico nesse processo.

Perder peso não é uma tarefa fácil, requer mudança de hábito, bem como a importância de se manter a perda. É importante monitorar os novos hábitos alimentares, cumprir as modificações necessárias, e também controlar a ansiedade, que na maioria dos casos vem associada.

O homem é o único animal capaz de modificar seu corpo através do pensamento. Em muitos casos de busca pelo corpo ideal encontramos pessoas com nível elevado de ansiedade, que não conseguem cumprir e manter o foco nas ordens do nutricionista. Também existem aquelas pessoas que precisam mudar os hábitos não apenas por escolha própria, mas por ordens médicas, devido sua saúde. Não é fácil mudar hábitos de tantos anos, principalmente quando essa mudança se dá por uma necessidade e não por um desejo.

A terapia cognitivo-comportamental tem sido utilizada, associada ao acompanhamento nutricional e às atividades físicas, nos tratamentos de reeducação alimentar e controle do peso. Havendo um devido acompanhamento multi, poderemos alcançar os resultados de forma mais eficaz."


Laíse Gomes Leal Novaes Cantarelli


PSICÓLOGA CLÍNICA E HOSPITALAR
TERAPEUTA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

Telefone: (81) 9.9673-3986 (TIM e whatsapp, facilitando seu contato);
                (81) 9.8618-7386 (Oi).
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quinta-feira, 29 de junho de 2017

ALERTA: você sabia que a internet pode causar dependência

A tecnologia chegou para ficar e com ela encontramos um vasto mundo de coisas positivas e negativas que interferem em nossas vidas. É importante sempre refletir que tipo de impacto o mundo cibernético tem tido em nossas vidas e das pessoas de nossa família. Pensando hoje nesse tema, salientamos algumas vantagens e desvantagens práticas:

VANTAGENS: aproximar e reforçar laços de relacionamentos; favorecer a comunicação entre as pessoas, tanto pessoal como no meio profissional; agregar mais conhecimentos de forma rápida e eficaz; auxiliar na formação de grupos de interesses semelhantes; auxilia no desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras; melhora na capacidade de orientação espacial; facilita a socialização; dentre outras.

Em contrapartida (DESVANTAGENS), da mesma forma que a internet favorece a comunicação, gera o isolamento social, ou agrava o mesmo. Pessoas que já tem uma tendência social a não se vincular, ou não se aproximar das pessoas, esse ponto se agrava muito mais com o uso da tecnologia, pois a mesma se torna um refúgio para tais pessoas. O acesso constante prejudica o rendimento escolar, acadêmico e profissional. Bem como, permite uma exposição maior de sua vida privada, podendo causar danos psicológicos e sociais ao sujeito.


Diante das vantagens e desvantagens salientadas, é importante reforçar a maior de todas as desvantagens – a DEPENDÊNCIA.

Sim, a internet causa dependência e esta pode ser tão grave como qualquer outro tipo de dependência, pois é uma dependência comportamental que tem danos similares ao uso de drogas como cocaína. É uma linha tênue que separa o USO do ABUSO.

A dependência de internet está, em muitos casos, relacionada a transtornos de ansiedade e transtornos do controle do impulso. Bem como, salientamos algumas comorbidades (doenças que podem vir associadas) da dependência, como a depressão, transtorno de humor bipolar, TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), fobia social, transtorno de personalidade, uso de substancias, quadros afetivos e ansiosos.

Mencionamos como critérios de dependência o DIAR = Desejo de parar, incapacidade de parar, tentativas de parar e recaída.

Como semelhanças da dependência de internet e da dependência de substancias, ressaltamos o comportamento que produz prazer, em que altera o humor e a consciência do sujeito; o padrão de uso excessivo; impacto negativo ou prejudicial em uma esfera importante da vida; presença de aspectos de tolerância e abstinência.

A dependência, diferente do que muitos pensam, é maior do que a vontade do individuo. A pessoa passa a depender da presença daquela substância ou comportamento sem ter controle. O dependente passa por vários estágios de reconhecimento da mesma, inicialmente há a dificuldade em perceber que se está dependente. É preciso que a própria pessoa se observe e verifique em que pontos sua vida mudou de determinado período de tempo em diante, período em que começou a utilizar de tal ferramenta de prazer.

Hora de observarmos a nós e aos que estão em nosso convívio para buscarmos ajudar. Vamos ficar atentos se alguns desses sintomas estiverem ocorrendo:


– Preocupação constante com o que acontece na internet quando está off-line;

– Necessidade contínua de utilizar a web como forma de obter excitação;

– Irritabilidade quando tenta reduzir o tempo de uso;

– Utilização da internet como forma de fugir de problemas ou aliviar sentimentos de impotência, culpa, ansiedade ou depressão;

– Mentir para familiares para encobrir o tempo do envolvimento com as atividades on-line;

– Diminuição ou piora do contato social com amigos e familiares;

– Falta de interesse em atividades fora da rede;

– Comprometimento das atividades profissionais e acadêmicas;

Dados mostram que 73% dos brasileiros que possuem smartphones não saem de casa sem eles, estando ligados não à necessidade de estar com os mesmos, mas ao medo de ficar sem o celular ao lado. 1 a cada 3 a 5 crianças sofrem de um transtorno de dependência. Na França foi constatado que 50% dos divórcios envolviam alguma questão de mídia digital ou internet. Estudos mostram também que quanto maior o nível de interatividade do celular, maiores as chances de dependência.

Adultos, adolescentes e crianças, fiquem atentos a essas questões. A dependência da internet é algo sério e que precisa de ajuda. Se alguns dos sintomas mencionados estão se passando com você ou alguém próximo, hora de procurar ajuda profissional.

Vamos ficar atentos!!!


Laíse Gomes Leal Novaes Cantarelli


Psicóloga Clínica e Hospitalar
Terapeuta Cognitivo-comportamental
CRP 02 / 15.901

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Stress, benéfico ou maléfico em nossas vidas? O que fazer?

Psicóloga Clínica e Hospitalar
Terapeuta Cognitivo-comportamental
CRP: 02/15.901
Stress, benéfico ou maléfico em nossas vidas? O que fazer?
   O stress tem sido um termo comumente utilizado nos dias de hoje. No ano de 1936, Hans Selye definiu o termo “stress” como: “o resultado inespecífico de qualquer demanda sobre o corpo, seja de efeito mental ou somático”. Para ele o stress era o índice de todo o desgaste causado pela vida.

   Chama-se de estressor ou fonte de stress aquilo que causa o desequilíbrio, o stress. São inúmeros os tipos de fontes, os quais estão sempre presentes, de uma forma ou de outra, na vida de todo ser humano, cada um com sua particularidade. É muito difícil, podendo até pensar que impossível, evitar ou fugir de tais fontes. Até os momentos bons causam um tipo de stress à medida que exigem de nós uma adaptação e mudança de comportamento ou atitude, sendo estas fontes positivas de stress.

   Podemos pensar em estressores de duas formas: estressores externos trazidos pelo meio, e o sujeito não tem como evitar, pois advêm de fora do seu organismo, como problemas profissionais, financeiros, expectativas da sociedade, dentre outros; e estressores internos, que são desencadeados de dentro do próprio sujeito, do modo como ele vê o mundo, a si e ao próximo, decorrentes de suas crenças e valores. Sabendo assim que um influencia o outro.

   Na atualidade, sabe-se que o stress é um fator favorável ao desenvolvimento de uma série de doenças. Tendo ele, uma influencia direta na vida do ser humano. 

   É importante salientar as alterações internas ocorridas no sujeito acometido pelo stress, como baixos níveis de anticorpos, produção excessiva do cortisol, da testosterona e de catecolaminas, que potencializa algumas dificuldades ao organismo humano, bem como a influência do stress na hipertensão arterial, acrescidos de outros fatores já observados cientificamente.

   Em geral quando falamos em stress as pessoas já associam a algo de impacto negativo em suas vidas. Mas o que muitos não sabem é que o stress “em dose baixa” torna-se necessário em muitos momentos da vida do ser humano, já que o mesmo é uma etapa de desenvolvimento para que o sujeito se prepare para lutar ou fugir de alguma situação que o ponha em perigo. Em muitas situações ele tem a função protetora e adaptadora. 

   Mas quando falamos em stress patológico, aquele que prejudica a saúde do sujeito. O que fazer?

   Para se traçar um tratamento ou mesmo a possibilidade de convivência com o sujeito acometido pelo stress, tem-se que levar em consideração não apenas a definição de tal, mas principalmente de que tipo de sujeito se está falando. Compreendendo assim que algumas pessoas têm o que alguns autores chamam de “tendência a se estressar”, pessoas estas que apresentam distorções cognitivas, ou seja, uma maneira inadequada de pensar e observar situações de sua vida. 

   Cada sujeito é um, dentro de suas histórias e singularidades. Olhar para um sujeito acometido por tal condição emocional obriga o profissional a avaliar não apenas se este tem ou não uma tendência mais tênue de estar estressado, mas também poder observar quem é esse sujeito, quais vivências o mesmo carrega arraigadas em suas crenças e concepções. 

   O ser humano é um ser completo, indissociável; assim, é preciso olhar para ele como um todo, buscando suas particularidades, já que a relação “trabalho-familia-stress” faz parte desse conjunto. Não é possível tratar uma parte do ser e deixar a outra para um momento posterior; tem-se que tratar o todo para se obter um resultado favorável para o sujeito.

   Existe uma relação direta entre corpo e mente, transformando as experiências de vida em fatores a se acrescentar na condição de ser do sujeito. Sendo assim, existe uma interação de extrema importância entre o “pensar, sentir e as reações físicas” do sujeito. Tomando como exemplo, pode-se observar que, a partir do momento em que o indivíduo vê determinada situação de forma negativa ou deturpada, ele vai se sentir angustiado, com medo, ansioso, gerando para si reações como taquicardia, sudoreses, alteração na pressão arterial, dentre outras. 

   Pode-se separar crise de stress e stress recorrente. A crise de stress é algo pontual, um episódio pelo qual todo e qualquer ser humano está sujeito a passar, decorrente também de outras fontes de stress. Já o stress recorrente são episódios que se repetem de diversas maneiras, sempre gerando um nível elevado de estresse, contribuindo assim para uma fragilidade crônica do sujeito diante das demais situações da vida; enquadram-se aí aquelas pessoas que estão constantemente estressadas ou predispostas a tal.

   Não podemos fugir das emoções, elas estão presentes na vida de todos os sujeitos. O que precisamos avaliar é a maneira a qual se tem enfrentado tais emoções, a forma como reagimos a elas é que tem um impacto diferenciado em nossas vidas. Nem todos conseguem lidar com situações adversas da melhor maneira, e quando se percebe tal dificuldade chegou a hora de buscar ajuda profissional. 

   A terapia vai ajudar a pessoa a melhorar sua relação com o mundo, com as pessoas, com as situações inesperadas e consigo mesmo. Diferente do que muitos pensam, buscar ajuda de um psicólogo não se refere apenas a doenças aparentemente mais graves, mas a toda situação a qual não estamos conseguindo conviver da melhor forma. É a ajuda que nos faz melhorar nossa condição emocional, relacional e consequentemente melhorar nossa saúde física, quando a mesma está interligada à problemas emocionais.

Laíse Gomes Leal Novaes Cantarelli 
Psicóloga Clínica e Hospitalar
Terapeuta Cognitivo-comportamental
CRP: 02/15.901

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Parmegiana e Fricassê

Nessa última semana faltou coragem para muita coisa...inclusive cozinhar. Mas mesmo sem coragem, parece que a inspiração bateu. No dia dos namorados meu mozi pediu para não bolar nada para o jantar porque era a vez dele. Então eu resolvi bolar para o almoço. ;) Ficar de mãos atadas que eu não fico ne?! ;) Ai resolvi fazer uma Parmegiana especial. Que ficou dos deuses, um misto de receita do Tudo Gostoso com minha própria ideia e saiu isso:
Parmegiana de almoço para o dia dos namorados.

Fiz os filés fininhos, passei primeiro na farinha de trigo, depois no ovo e finalizei com a farinha de rosca para então levar ao óleo (não consegui fazer parmegiana light então foi assim mesmo).
Cozinhei o macarrão de yakissoba, untei o refratário com molho de tomate (o molho eu mesma fiz, dourei a cebola na manteiga, coloquei tomates picados e sem pele, deixei desmanchar, coloquei um pouquinho de extrato de tomate, pouco mesmo, um pouco de leite e uma colher de açúcar. Mexi bem até fazer o molho grosso), coloquei o macarrão todo e montei os filés já fritos por cima, fatiei queijo mussarela e forrei ele completo, despejando o restante do molho de tomate em todo o preparo. Levei ao forno até derreter o queijo e ferver um pouco o molho. Servi com batata palha e batata doce frita no grill. ;) 
AMAMOS!

Parmegiana a la Laíse. ;)

Dia 14 não foi um dia nada legal, quase não me levanto da cama, passei o dia muito mal. Vocês já sabem o porque. Me levantei apulso, mas parece que mami deu uma luz para mim e resolvi fazer um fricassê de frango. Olha que lindo que ficou:

Fricassê a lá Laíse

Macarrão com molho a lá Laíse

Mais lindo ainda ficou o sabor. Nem eu pensava que ia ficar tão gostoso. Foi minha anjinha mesmo, só pode.
O frango eu salguei, e joguei na panela com água (sim, água, depois que aprendi a fritar com água o frango... vida mudou. kkk) e molho de alho. Depois que ele ficou branquinho, tirei e desfiei.
No liquidificador eu coloquei meia caixa de milho, meia caixa de creme de leite, uma xícara de leite (de vaca, vindo da fazenda de mozi), uma colher de maizena. Bati e deixei ele quieto lá.
Na panela coloquei manteiga e dourei bem a cebola (usei nos dois pratos cebola roxa). Coloquei o frango desfiado, misturei uma colher de extrato de tomate e mexi bem para refogar o frango. Depois acrescentei a mistura do liquidificador e fiquei mexendo até fazer um creme grosso, soltando da panela.
Untei o refratário com um pouquinho de manteiga, coloquei uma parte do creme e fatiei bem muito queijo mussarela para cobrir, depois coloquei o restante da massa e mais queijo mussarela fatiado em cima. Levei ao forno até ficar dourado, qdo tirei do forno joguei batata palha por cima. 

Fiz um macarrão comum, mas com aquele meu molho a lá Laíse perfeito. Arroz integral (não que vá fazer muita diferença na dieta, mas como todo dia ele mesmo temperadinho kkkkkk), no cuscuzeiro eu coloquei cenoura, beterraba e brócolis e deixei cozinhar a vapor (adoro), a batata doce no grill que não pode faltar...e para o marido acrescentei o feijão cozinhado com nata de leite.
Achei que meu almoço não ia prestar, mas não é que o danado ficou divino?! ;)
AMAMOS! 

Fricassê a lá Laíse.

Aos poucos aprendi na cozinha que não existe segredo quando temos muito amor dentro de nós. As coisas parecem fluir de forma mistica. É preciso ter cuidado com a saúde, tento na minha diária fazer coisas o mais saudável possivel. Tenho tentado eliminar a gordura, troquei na diária o óleo comum por óleo de coco e dependendo do prato nem uso nada. O frango no normal tenho feito na água mesmo. Teve um dia que fiz na cerveja, não gostei muito do resultado. Mas a gente vai testando. Carne eu prefiro ao vinho. Então tudo é questão de sabor e testar o mais saudável. Esses dois pratos levaram gordura e óleo comum. Mas uma vez perdida vale ne?! ;)

AMO TUDO ISSO!!!!

Laíse Gomes Leal Novaes Cantarelli 
[16 de Junho de 2017]

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Ser humano e cuidar de humanos!

E hoje é um dia especial para mim e para todos aqueles que lutaram e buscaram por um caminho tão deslumbrante, mas também dolorido... a escolha de uma vida... SER PSICOLOGO!
Hoje acredito mais ainda o quanto valeu a pena a luta e o quanto me sinto gratificada em minha profissão!
As pessoas muitas vezes julgam ser simples e fácil a nossa missão. Questiono-me muitas vezes o que seria simples e o que seria fácil para essas pessoas.
Alguns chegam para nós e falam que ‘deve ser ótimo ficar sentado só ouvindo’... me pergunto o que essa pessoa entende de fato do que significa OUVIR, ou melhor ainda, ESCUTAR. Bem como questiono-me o quanto que essa pessoa sabe de fato de como é a nossa atuação.
Outros acreditam que nem podemos ter problemas, muito menos dificuldade em lidar com toda e qualquer situação. E são nesses momentos que eu me pergunto mais uma vez o que seria verdadeiramente ser psicólogo, seria ajudar o outro a elaborar suas questões e buscar uma maneira melhor de lidar com elas, ou ser o todo soberano, incapaz de sofrer e capaz de enfrentar toda e qualquer situação?!
Um pouco confuso realmente, para aqueles que ainda não tiveram a curiosidade de penetrar um pouco na magnitude e maravilha vivência que essa profissão nos proporciona.
Questiono-me e volto à minha essência, refletindo o que de fato me fez escolher por tal profissão.
Sim, somos seres humanos como qualquer outro! Sofremos por motivos banais também, choramos, sentimos raiva, nos inquietamos com o trânsito ou com uma tarefa mal concluída, sofremos muito e às vezes até achamos que nossa vida não tem mais sentido quando perdemos uma pessoa amada, rimos, nos sentimos impotentes quando não conseguimos ajudar adequadamente o outro, administramos (bem ou mal) os problemas, esquecemos de respirar adequadamente, somos ansiosos, alguns depressivos, por vezes agressivos... mas somos humanos, e sim, também somos PSICÓLOGOS.
Olho para mim e vejo o que me fez optar por algo tão árduo... o olhar para o outro, o concentrar-se no outro, dedicar-se ao outro... esquecer dos nossos próprios problemas e dores para dar ouvidos e sentido ao outro... olhar para fora e adentrar em um outro tão singular que nos apresenta... poder ver o todo e ver o singular... 

Não é maravilhoso poder ser humano e cuidar de humanos?

Agradeço cada dia mais a Deus por ter me dado o DOM de optar pela profissão certa; agradeço à Deus por ter me iluminado nos caminhos trilhados de tantas escolhas dentro desse campo tão vasto que é a psicologia; agradeço a Deus por me sustentar e me ajudar a ajudar o outro necessitado que se encontra a minha frente; agradeço a Deus cada dia mais de me fazer PSICOLOGA; agradeço principalmente a Deus por ter deixado que essa profissão tão árdua e bonita tenha me escolhido nessa vida!
E agradeço Senhor, ao meu pai por ter me incentivado à seguir em frente; à mainha por ter me segurado nas vezes que fracassei, por ter estado sempre ao meu lado me apoiando e me orientando; às minhas irmãs por terem me ajudado a trilhar esse caminho; aos meus cunhados, por terem estado sempre por perto.
Agradeço hoje, principalmente Senhor, aos meus pacientes que me fizeram chegar até aqui, me ajudam a concretizar esse sonho e pôr em prática esse DOM. Meus pacientes que me trazem desafios a cada dia e me ajudam a querer crescer, me aperfeiçoar, e me trazem sempre a certeza que fiz a escolha certa!

[Laíse Novaes 27.08.2013]


domingo, 23 de junho de 2013

Imaginei...

"Um dia me disseram que o natural da vida era que pai e mãe chegariam aos céus primeiro que nós filhos... acreditei, mas achei longe de mim e imaginava, como muitos, ver em casa um casal de velhinhos, sorrindo feliz, sentados na calçada de casa relembrando o muito que vivemos juntos...
7 anos atrás a vida nos mostrou que as coisas não seriam bem assim... mas diante os percalços da vida imaginei que viveria muitos anos mais com minha mãe em casa, compartilhando todos meus momentos, brincando e brindando o pouco que a vida nos desse... imaginei muitas vezes que mainha se renderia e iria morar comigo na capital... que iriamos ser mais companheiras ainda juntas, que chegaria do trabalho e encontraria ela ali, elétrica como sempre, andando de um lado para outro no apartamento, procurando sempre o que fazer...
Imaginei que ela acompanharia ao meu lado mais um, ou muitos, amores desiludidos até poder enfim vibrar um amor realizado... imaginei que ela iria me dar as orientações sobre isso, mostrar ensinamentos, me dizer o que errei e o que acertei... imaginei que ela escolheria comigo o meu vestido de casamento (de renda como ela sempre dizia), que ela entraria comigo feliz na igreja e vibraria com mais essa vitoria de minha vida... imaginei que ela iria finalmente ficar feliz em ter seu terceiro filho agregado... imaginei que ela iria vibrar ao me ver engravidar, que iria me acompanhar feliz nos nove meses, que iria estar ao meu lado no nascimento, que iria dar o primeiro banho e me ensinar a cuidar da forma maravilhosa que ela cuidou de nós três...imaginei que daria muito orgulho ainda, que viveriamos muitos momentos felizes juntas....
Imaginei que teríamos muitos reveillons, natal, aniversário, dia das mães, dia-a-dia, juntas...
Imaginei... e ficou tudo na imaginação...
Junho... que mês cruel em nossas vidas...
7 anos após Deus tirou de nós o anjo que nos ensinou e nos fez sermos as mulheres que somos hoje... 
Com ela aprendi muita coisa... aprendi o real significado da palavra respeito, mãe, esposa, companheira, humildade, gratidão, consideração, caridade, dedicação... com ela aprendi a olhar o outro de maneira especial... com ela aprendi a cuidar do outro... com ela aprendi o que é ser cristão... com ela aprendi coisas que jamais conseguiria descrever em meio a palavras...
Foi MÃE... MULHER... AMIGA... GUERREIRA... 
É acima de tudo o nosso exemplo de vida!!!
Tive a honra de ter como mãe a mulher deslumbrante, única, admirável que ela é.
Anos de luta contra a causa que nos levou ela do plano material... e nunca a vimos desistir ou achar que deveria cruzar os braços... sempre sorridente, olhando primeiramente para os outros e quase nunca pensando nela...
Para ela vinha em primeiro lugar filhas, netos, pais, irmãos, comunidade necessitada, amigos... tudo, menos ela.
Hoje mainha, tento me fortalecer na sua força, tento diante do entendimento que tenho de tudo que nos aconteceu, ter 1% da força que você SEMPRE teve...
Mas está sendo dificil... dificil olhar ao redor, te procurar e não te ver... dificil pegar varias vezes no telefone para te ligar e perceber que não irás mais me atender... dificil olhar para a vida e saber que não te terei mais aqui ao meu lado....ainda não consigo olhar e acreditar 100% que não te tenho mais aqui nesse plano... ainda não consigo fechar os olhos e não imaginar que ao abrir tu estarás sorrindo aqui ao meu lado... ainda não consigo...
Dificil saber que agora tenho que reaprender a viver, pois sem você perdi o chão, perdi o sentido de tudo, perdi TUDO...
Eu sei que vou tentar e vou seguir...mas está dificil!"


[Laíse Novaes 23.junho.2013]