Nós três

Nós três

domingo, 13 de agosto de 2017

A era do imediatismo.

Vivemos na era do imediatismo. Todas as soluções buscadas devem ser encontradas para o mais rápido possível. Quando falamos nisso, de imediato, nos vem à mente pessoas que a cada dia se tornam mais ansiosas, as preocupações excessivas passam a fazer parte do cotidiano, a pressa e a correria tornam-se companheiras de todos os momentos e conteúdos da vida.

Se surge um problema de saúde, busca-se o remédio que traga um resultado mais rápido. As pessoas se aventuram mais nas propagandas fáceis e nas indicações daquele amigo que “provou e deu certo”. Se quer emagrecer, recorrem a cirurgias de imediato ou a comprimidos que tragam algum efeito rápido, sem saber se quer suas reais conseqüências.

Lidar com as emoções adversas passou a ser uma grande dificuldade para as pessoas. A tristeza, por exemplo, passou a “não poder” mais fazer parte da vida das pessoas. E encontramos aí a “geração rivotril”.

Os sofrimentos tendem assim, a serem mais intensificados nas pessoas, pois, além do sofrimento de base, acrescenta-se a ele a cobrança de que não se pode mais sofrer.

Seria possível não mais sofrer?

Para a tristeza dessa geração, venho responder que não. O sofrimento faz parte do crescimento, amadurecimento das pessoas. Tristeza, raiva, nojo, angústia, são sentimentos válidos assim como a alegria ou o amor. Elas apenas são emoções mais desagradáveis de se sentir. Mesmo assim, é importante que se viva cada emoção e se aprenda a enfrentar cada uma delas.

É importante se permitir chorar quando necessário, viver a tristeza de uma perda ou de uma turbulência da vida. Por acreditarem que não podem sentir tais emoções, o termo depressão virou algo rotineiro na vida das pessoas. Depressão é uma patologia muito mais séria do que a tristeza em perder um ente querido, por exemplo.

E é diante desse imediatismo que vivemos que ao sentir emoções desagradáveis, as pessoas já recorrem ao remédio. Muitos casos remédios que um amigo indicou e que ele conseguiu pegar em uma farmácia que vende sem seus devidos cuidados. É ai onde mora o perigo.

Importante buscar ajuda de um profissional quando não se sabe lidar com tais emoções e assim, o profissional avaliando, verdadeiramente te orientará pelo melhor caminho.

Em alguns casos o auxilio medicamentoso é de extrema importância, até mesmo para trazer o sujeito a um equilíbrio capaz de se trabalhar em terapia suas questões mais internas. Em outros casos, o indicado é um acompanhamento psicoterápico.

Se você encontra-se em alguma situação que percebe necessitar de ajuda, busque a avaliação séria de um profissional.

Cuide de sua mente e de seu corpo em busca de um equilíbrio de vida.

Laíse Gomes Leal Novaes Cantarelli


Trânsito, o que eu tenho com isso?

“Semáforo aponta a cor vermelha, pela regra o cidadão deveria parar e aguardar. Mas vem um ou outro e passa direto sem ao menos observar o que está no caminho”.

“Faixa de pedestre sinalizando passagem, carros e motos passam na mesma velocidade, tendo pessoas no aguardo ou não”.

Basta sair à rua para identificar as inúmeras ocorrências no dia a dia do trânsito. O que fazer diante tanta imprudência e falta de atenção? Essa é uma pergunta que muito preocupa profissionais nos dias atuais.

A cada ano são computados dados assustadores sobre acidentes no trânsito. Não podendo esquecer aqueles casos que “por sorte” passam ilesos, sem danos maiores.

Segundo dados divulgados pelo Governo do Estado de Pernambuco em abril desse ano (2017), consta-se, no estado de Pernambuco, “um gasto anual de mais de R$ 917 milhões com acidentes de trânsito, valor que daria para cuidar, por seis anos, dos pacientes com câncer no Estado ou manter o Hospital da Restauração em funcionamento por quatro anos”.

São números de fato assustadores, e quando vamos à campo e questionamos os motoristas infratores sobre a consciência de seus atos, verificamos que os mesmos tem conhecimento das leis.

O trânsito mata cada dia mais. E o que fazer para mudar essa realidade?

Um ponto essencial para tal pergunta é a conscientização das pessoas de que o trânsito é um ambiente importante de convívio social, que tem regras a serem cumpridas e que estas precisam ser cuidadosamente aplicadas.

Qual a razão de tantas regras no trânsito? Qual a necessidade de pararmos em uma faixa de pedestres e permitirmos a passagem do outro? Você já parou para pensar nessas e em tantas questões que envolvem o trânsito?

As mudanças de consciência humana precisam ser realizadas urgente. É importante que se busque iniciar essa mudança por sua própria residência. Importante que as pessoas comecem a se conscientizar, e conscientizar os seus próximos, sobre o nível de gravidade existente no dia a dia em um âmbito tão importante e tão banalizado pela população.

Conversem com seus familiares, amigos e vizinhos. Mostre ao próximo que esse ambiente de troca e de convívio humano necessita de cuidados e cumprimento de suas regras.

Outro ponto essencial é pensar na educação de base como prioridade para mudar e buscar melhorias na sociedade. Nunca é tarde para começar!

No Japão a educação de base já é utilizada e mostra resultados extremamente positivos. Os índices de acidentes caem a cada ano. Comparar com o exemplo do Japão não é estar longe da nossa realidade. É aprender a utilizar o exemplo positivo e buscar aplicar na prática.

Onde estaria essa educação base? Na educação de suas crianças, seja na escola e/ou em suas casas. Ensinar a respeitar regras, a compreender o limite que compete ao outro e a si. Uma educação de construção positiva na personalidade das pessoas, o trânsito é um ponto demonstrativo de como as pessoas lidam com limites e regras. É necessário buscar soluções com base na educação desde pequenos e essa é uma tarefa de todos.

Laíse Gomes Leal Novaes Cantarelli